Comece hoje a pensar no futuro da prevenção das infecções hospitalares

A tecnologia que permite o uso de cirurgias robóticas também está a serviço da correta esterilização desses dispositivos médicos críticos e muito delicados.
A começar pelo uso da ciência de dados e da inteligência artificial que pode ajudar a oferecer um verdadeiro ecossistema de soluções em prol da esterilização.

Cirurgias robóticas, instrumentos de saúde feitos em impressão 3D, dispositivos médicos críticos e semicríticos fabricados com polímeros biocompatíveis e outros materiais resistentes e mais modernos. Tudo isso já está presente no atual exercício da medicina, deixando claro todo o avanço tecnológico nesse campo nos últimos anos.

Muito em breve, outras novidades - que ainda nem vislumbramos - vão chegar para ajudar o profissional da saúde a executar a melhor assistência possível, e todas deverão ser esterilizadas corretamente para a prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). Saber como fazer o processamento desses novos materiais de forma eficiente é algo que devemos compreender melhor agora, para garantir um ambiente livre de infecções hospitalares no futuro.

“A partir do momento que um hospital começa a realizar cirurgias robóticas, ele precisa ter um sistema de esterilização a baixa temperatura validado para esse tipo de equipamento. A STERRAD™, por exemplo, é validada pelos fabricantes para fazer o processamento de dispositivos muito delicados, como as óticas de cirurgia robótica, que só são compatíveis com esse método”, explica Simone Plaza Carillo, especialista em Educação Clínica da ASP Brasil.

São os fabricantes de robôs, como Intuitive Surgical (robô da Vinci Xi) e Medtronic (robô Hugo™ RAS), quem devem fazer a validação do método de esterilização de todos os dispositivos usados na cirurgia robótica. As pinças, por exemplo, não devem ser esterilizadas com peróxido de hidrogênio e, por isso, são processadas apenas em autoclaves a vapor. Já os equipamentos STERRAD™ 100S e 100NX da ASP possuem o aval dos fabricantes para o processamento de óticas robóticas, isso porque fornecem uma concentração de até 58% de peróxido de hidrogênio, no ciclo curto ou no express, respectivamente. E isso é fundamental, pois um dispositivo médico precisa ter exatamente as mesmas propriedades antes e depois da esterilização.

Já a esterilização de material impresso em ABS foi testada em estudo científico publicado na revista Nature1 que comprovou que a utilização do processo STERRAD™ não representa risco bacteriano para o paciente.

Mais dados, mais segurança

E as novidades extrapolam o processamento em si: “O futuro da esterilização não se limita mais aos dispositivos robóticos, mas também estará muito relacionado com a ciência de dados, a rastreabilidade e a inteligência artificial para apoiar melhores tomadas de decisões em Saúde visando a maior segurança dos pacientes”, enfatiza Mariana Gutierrez, consultora sênior em Educação Clínica da ASP Argentina.

E toda essa tecnologia inteligente vai além, como conta Maritza Swann, líder em Educação Clínica da ASP Colômbia: STERRAD™ deixa de ser apenas um equipamento para se tornar um verdadeiro ecossistema de esterilização, com soluções que se comunicam, interconectam e correlacionam. E se hoje tivermos a possibilidade de realizar um processo de esterilização baseado na utilização de inteligência artificial e dados, sabemos que toda a tomada de decisão será mais fácil.”

Maritza se refere ao trabalho constante das centrais de esterilização que tomam diariamente decisões importantes para a segurança dos pacientes: “Os dispositivos processados são entregues continuamente para dispensação e asseguram-se que estejam bem esterilizados com base nas informações de que dispõem naquele momento. Sem dados relevantes suficientes para esta confirmação, qualquer decisão tomada será consequentemente mais arriscada. E essa é a grande virtude de ter um ecossistema nessa tarefa: antecipar informações de qualidade para prevenir infecções hospitalares” , exemplifica Maritza.

Pilares para o futuro da esterilização:

  • Fácil usabilidade
  • Adaptabilidade, com atualização de software para atualização de ciclos
  • Tecnologia perdurável
  • Extração de dados relevantes para a prevenção de infecções hospitalares

É preciso aplicar tecnologia inteligente nos centros de esterilização para que esses locais possam fazer mais pela Saúde do que ‘apenas’ esterilizar. Com uma equipe capacitada para o uso de soluções como ciência de dados, rastreabilidade e inteligência artificial, é possível criar um verdadeiro centro de prevenção de infecções hospitalares.